
“Peçam e lhes será dado; busquem e acharão; batam, e a porta será aberta para vocês. Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e, a quem bate, a porta será aberta. Ou quem de vocês, se o filho pedir pão, lhe dará uma pedra? Ou, se pedir um peixe, lhe dará uma cobra? Ora, se vocês, que são maus, sabem dar coisas boas aos seus filhos, quanto mais o Pai de vocês, que está nos céus, dará coisas boas aos que lhe pedirem? Portanto, tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês, façam também vocês a eles; porque esta é a Lei e os Profetas” (Mateus 7:7-12).
Esse trecho provou, na minha vida, ser uma das passagens mais motivadoras em toda a Bíblia para orar com confiança de ser respondido.
É um argumento. Mesmo os pais maus dão coisas boas aos filhos quando eles pedem. Deus não é um pai mau. Ele é o melhor. Portanto, muito mais ele dará coisas boas aos seus filhos quando pedirmos. Amo esse argumento. Jesus realmente queria que nos sentíssemos esperançosos quando orássemos. Ele está tentando superar o nosso ceticismo em relação à oração.
Há outra razão pela qual isso é tão encorajador para nossas orações. Ele diz que um bom pai dá “coisas boas” aos seus filhos quando eles pedem o que querem. Ele não diz que sempre dá a seus filhinhos precisamente o que eles pedem. Que pai faz isso? Ou alguma vez o fez? Amamos demais os nossos filhos para isso.
“Deus nos ama demais para nos dar precisamente o que pedimos”
Uma vez, quando meu filho Ben tinha três ou quatro anos, ele pediu uma bolacha para a hora do lanche. Abri a caixa e descobri que estavam mofadas. Eu disse: “Sinto muito, você não pode comer isso. Eles estão cobertos de mofo”. Ele disse: “Eu como com mofo, papai”. Mas eu disse não. Ele não ficou feliz, mas eu o amava e não daria a ele um biscoito mofado, não importa o quanto ele implorasse.
Então, quando Jesus diz que dará coisas boas, ele quer dizer isso. Somente coisas boas. E só ele sabe, em última análise, o que é bom para nós. E note, que quando ele diz que os pais não dão pedra quando lhe pedem pães, ele não diz que os pais sempre dão pães. Mas que não dão pedras. E quando ele diz que os pais não dão cobras ao invés de peixes, ele não diz que os pais dão sempre peixe. Apenas que não dão cobras.
O ponto é esse: Deus não ignora as orações dos seus filhos. E ele nos dá o que pedimos, ou então algo melhor (não necessariamente mais fácil), se confiarmos nele.
“A confiança em Oração é uma das chaves para o Amor”
Mais um ponto: A palavra “Portanto” no início do versículo 12 significa que o verso é uma inferência deste ensinamento sobre a oração. “Portanto” – já que Deus sempre te dá o que você precisa quando pede – “tudo o que vocês querem que os outros façam a vocês, façam também vocês a eles”. Em outras palavras, porque Deus te ama e cuida tanto, você será capaz de cuidar dos outros da mesma forma que cuida de si mesmo. O que significa que a confiança em oração é uma das chaves para o amor.
Tu vens a um rei,
Grandes petições contigo trazer;
Pois Sua graça e poder são tais,
que nunca é pedir demais.
Créditos
Tradução: Tayllon Carvalho
Revisão: Francisca Maria
Edição: Fabiana Lima
Colaborador(es): Francisco Alan Gonçalves (Revisão)
Publicado em Inglês no site Desiring God. Traduzido e publicado com autorização da mesma
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